Deficiente, brasileira vence medos e desafios do intercâmbio

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Sirlene Ribeiro perdeu uma perna em um acidente de carro quando tinha 17 anos. A dificuldade para se locomover, no entanto, nunca a impediu de querer ir longe. Em 2014, ela fez uma viagem de férias. Após pesquisas na internet, encontrou um site de viagens e uma rede social que a conectava com viajantes do mundo todo. Foi ali que ela conheceu um dinamarquês que falava muito bem da Irlanda. Com ele de guia, passou 13 dias em terras irlandesas e teve seu primeiro encontro com o país que escolheria para estudar inglês.

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O intercâmbio foi planejado durante dois anos –tempo que Sirlene considerou necessário para juntar dinheiro e programar cada detalhe da viagem. Em fevereiro deste ano, aos 37 anos, ela desembarcou para sua experiência internacional de estudo. O primeiro desafio foi achar moradia perto da escola –a região central costuma ser disputada. Depois, encarar a estrutura das acomodações, que são mais antigas.

“Eu tinha que subir e descer quatro andares duas vezes por dia. Quando cheguei, dividi o quarto e precisei ficar na parte de cima do beliche, pois ninguém quis trocar de cama, mesmo vendo minha dificuldade de subir só com uma perna”, conta ela. As tarefas de casa, compartilhadas entre os moradores, também exigiram paciência.“Como descer para levar o lixo? Eu não estava dando desculpa por não ter perna, mas o saco é plástico, ia rasgar e sujar as escadas”.

Driblar os desafios

Para superar os momentos difíceis, Sirlene contou com as amizades que fez ao longo do seu curso de inglês em Dublin e a vontade de vencer. “Se você nunca tentar, nunca vai saber. Em qualquer lugar no mundo sempre teremos problemas e soluções”, afirma.

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Segundo o consultor de intercâmbio na Irlanda, Danilo Veloso, um intercâmbio de sucesso exige planejamento detalhado como fez a Sirlene, ao menos seis meses de preparação e conscientização de que desafios estarão sempre presentes. “É preciso ter certeza do que se quer, estar preparado para encarar uma experiência totalmente diferente e fora do conforto do seu lar. Para pessoas com necessidades especiais, eu recomendo um lugar com fácil acesso ao transporte publico. Em Dublin, por exemplo, todos os meios de transportes são adaptados para cadeirantes e as ruas têm sinalização diferenciada para pessoas com deficiência visual. Escolher uma escola com uma boa estrutura física também é importante”, acrescenta ele.

Sirlene não pretende voltar ao Brasil. Hoje, ela mora no interior da Irlanda com o guia que lhe apresentou o país em 2014. Eles devem se casar no próximo ano. “Eu vim para a Europa com a intenção de mudar de vida e o intercâmbio foi fundamental para isso. Intercâmbio abre as portas, basta você querer entrar”, finaliza.

Histórias como a da Sirlene (com mais detalhes) e orientações de especialistas em intercâmbio nos destinos mais procurados por brasileiros estão na programação do 1º Congresso Online Intercâmbio de Sucesso. O evento é gratuito e acontece entre os dias 3 e 7 de outubro. Inscrições devem ser feitas pelo site www.intercambiodesucesso.com.br

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